Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.
Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da torrente até a casa, enquanto aquele rachado chegava meio vazio.
Por longo tempo a coisa foi feita em frente assim, com a senhora que chegava em casa com somente um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade que deveria fazer.
Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota de ser "rachado", o vaso falou com a senhora durante o caminho: " Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho faz perder metade da água durante o caminho até sua casa..."
A velhinha sorriu:
" Você reparou que lindas flores tem somente do seu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todo dia, enquanto a gente voltava, tu as regavas. Por dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa.
Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa."
Cada um de nós tem o próprio defeito. Mas o defeito que cada um de nós temos, é que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o que tem de bom nele.
Portanto, meu " defeituoso" amigo, tenha um bom dia e lembre de regar as flores do seu lado do caminho...
Falcão Sossegado
Era um dia de Inverno…sem chuva, mas frio!
Numa casa,no alto de uma montanha, onde reinava o silêncio ouvia-se simplesmente o queimar de quatro velas…
Existia tanto silêncio que se podia ouvir as conversa que as velas tinham…
A primeira vela disse:
- Eu sou a Paz !
Apesar da minha luz as pessoas não conseguem manter-me acesa. portanto, acho que vou apagar.
E diminuindo tão devagarinho, que acabou por se apagar totalmente
A segunda vela disse:
- Eu chamo-me Fé ! Infelizmente sou muito supérflua.
As pessoas não querem saber de mim.
Não faz sentido continuar a arder…
Ao terminar de falar, um vento suave passou por ela, e apagou-se.·
Baixinho e triste a terceira vela manifestou-se:
- Eu sou o Amor ! E estou a ficar sem forças para me manter acesa…
As pessoas deixam-me de lado, só conseguem ver-se a sim proprias, esquecem-se até daqueles que os amam e estão á sua volta
E sem esperar a vela do Amor apagou-se.
De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas.
- Que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.
Ao dizer isto a criança triste começou a chorar.
Então, a quarta vela falou:
- Não tenha medo criança. Enquanto eu queimar, podemos acender as outras velas.
Eu sou a Esperança...
A criança com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu todas as outras que se tinham apagado...
Que a vela da Esperança nunca se apague dentro de ti...
Falcão Sossegado
Hoje vi o céu azul, vi as nuvens, vi as estrelas, mas será que é necessário tanto para perceber que estou vivo, que posso mudar a minha sina a qualquer momento, sei que tenho força suficiente para escalar o topo das montanhas, que posso nadar até ao infinito do oceano azul, que posso até voar, mas qualquer pessoa pode fazê-lo só precisa de ter vontade.
Mas é preciso tanto para que o ser humano também se aperceba que existe uma imensidão de coisas para descobrir e explorar, e em vês de fazer algo para melhorar, não; cada vês mais se vê os ataques agressivos ao nosso planeta, o horror das guerras sem fim à vista, a fome, as divergências raciais e sociais… é humilhante a sociedade em que vivemos.
É tão bom quando somos pequenos e não nos apercebemos do que realmente se passa à nossa volta.
Hoje sinceramente, sinto a falta de ser criança, faz-me falta aqueles momentos do “faz de conta”, sim; daqueles pensamentos de fantasia em que o mundo era sempre cor-de-rosa onde tudo era bom e não existia o mal.
Possa… como é possível que o homem à medida que cresce se esqueça que estes momentos fizeram parte dele e que apenas ele se acomodou à sua rotina diária e deixou de sonhar como uma criança.
Mas mesmo assim, hoje não me arrependo da vida que levo, tenho vindo a aprender que a vida é feita de momentos, momentos esses que eu quero vivê-los ao máximo e se possível que sejam inesquecíveis, hoje acredito que tudo é possível e que posso voltar a sonhar mas não queria acordar, porque hoje faço o que gosto, estou com quem quero, sim são aqueles que me conhecem realmente como eu sou. Quero voltar a relaxar simplesmente para olhar as estrelas e acreditar, que existe alguém neste mesmo momento que poderá estar a quilómetros de distância, mas que também está a ver o mesmo brilho inconstante das estrelas, de certeza que está a ver esta lua maravilhosa em sua grandeza e perfeição. Como é possível serem poucos aqueles que adoram olhar as estrelas...
Será que daqui a 10 ou 20 anos ainda terei tempo e coragem para revirar o meu olhar para o céu e olhar as estrelas?
Autor:
Eu mesmo
Falcão Sossegado
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