Sábado, 11 de Julho de 2009

Voar... para me libertar...

 

Numa pequena cidade eu nasci, e quando a chuva caía eu ficava ali na minha janela sozinho olhando. Sonhando com o que poderia ser, se eu terminasse feliz.... Eu sento-me e espero, mas uma sombra contempla  o meu destino, e concerteza que conhece o sitio para onde vou, quando me sinto abatido e velho... Foi me dito que a liberdade deixa as minhas asas estendidas, então eu deito-me e descanso.

Quando estou deitado em minha cama, pensamentos vão correndo em minha cabeça e eu sinto que o amor está morto, mas em meio a tudo a isto este amor oferece-me proteção, alegria e afeição, esteja eu certo ou errado, mas de que vale... se ele está a morrer...
Desci em meus sonhos uma colina, com densas pastagens e milhares de plantas e flores que eu próprio não sei identificar mas onde quer que isso me possa levar eu sei que a vida não me arruínará...

Quando estou me sentindo fraco a minha dor percorre um riacho num só sentido rumo ao incerto... Eu olho para cima e vejo esta luz e sei que serei sempre abençoado por esta luminuzidade e conforme desaparece este sentimento ele aspira a carne junto aos meus ossos... o sangue... esse já foi sugado á muito...
Voando cego estou, o que vou encontrar...

Estou me atirando no escuro, e se isto me tomar a vida inteira?
Vou derrobar todas as paredes, vou seguir o meu caminho e amanha levanto-me com o sol, logo eu terei partido e as palavras não conseguem dizer como as lembranças dos sentimentos não se perservaram. Tudo tentei ao máximo alcançar, mas quando eu tentava falar, sentia-me como se ninguem pudesse me ouvir... queria fazer parte de tudo aquilo que via... mas algo parecia tão errado ali...
Então tentei me libertar, abri as minhas asas para voar...
Faria qualquer coisa para tocar o céu nesse momento, perante esta mudança tive de jogar tudo para o ar... Fora da escuridão em direção ao sol vou correr este risco e me libertar... O caminho será arduo e perigoso mas tenho de arriscar...
Sei que ainda estou a tempo de voltar a sentir a brisa quente, dormir debaixo de uma palmeira, sentir a agitação do mar... e ainda quero apanhar um comboio bem veloz para ver tudo a andar para traz não no tempo mas sim no momento, e apanhar um avião para ir para bem longe, para bem distante, onde me possa encontrar, onde possa pensar, onde possa voar... para me libertar...

 

Falcão Sossegado

Publicado por Falcão Sossegado às 20:17

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